sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Amor não Correspondido

Olá, caros leitores(a)!

        Nesta postagem vou falar sobre sofrimento amoroso. É algo que na teoria todos dizem que é fácil, mas na prática ninguém suporta. Sofrimento amoroso não é apenas ser traído, deixado de lado ou ser esquecido; consiste também em não ser correspondido. Essa falta de correspondência é a pior dor que alguém pode ter. Só para concretizar essa teoria: "imagine um rapaz que seja encantado por uma garota. Quem gosta de alguém raramente fala, fica sofrendo calado. Eles trocam olhares de cumprimento uma vez ao dia no máximo. Não conversam, não se aproximam com frequência. Ele adora ela e a garota não sabe. O que fazer? Dizer? Abrir o coração? Esquecer ela?".
   
       Para o garoto pensamentos positivos vêm na mente como: ser amigo dela, casar-se com ela, namorar. Nada de fato acontece. Os dias passam e a situação continua a mesma. O mais complicado é quando essa garota vive "colada" com outro garoto. Ambos ficam conversando. Não se sabe se é algo de amizade ou se estão xavecando. O garoto encantado nunca quer olhar para ela, mas o rosto vira automaticamente. Quer esquecê-la, mas o coração sempre bate quando ela chega. Essa dor amorosa não tem prazo para acabar. Não sabe se ela namora, pois não usa anel de relacionamento. Para ele a garota é a mais perfeita do mundo...

Até mais

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O Caso Bernadete

    Bom dia, leitores(a)! Nesta postagem vamos ver um caso amoroso bem interessante. Aposto que vai ser emocionante. Até eu não vou perder. Prepare o coração.





    Matheus acordou 10 horas da manhã. Embora estivesse um pouco tarde, ainda estava com sono. Resolveu  ir até o banheiro e lavar o rosto. No momento que foi tomar café percebeu que o relógio da cozinha marcava 11 e meia. Com certeza era um tempo curto para chegar na escola sem atraso. Tomou meio copo de leite, vestiu-se e verificou sua caixa de correio eletrônico. Encontrou 2 e-mails não lidos. Eram trabalhos pendentes da escola. Apesar da correria conseguiu imprimir 2 folhas. Durante seu trajeto no ônibus terminou os exercícios que foram passados há 2 dias atrás.

    O rapaz sabia que seu horário máximo na escola não podia passar de meio dia e 10 minutos. Chegou dentro do limite. Mostrou seu crachá ao porteiro e entrou. Na sala estava um tédio tremendo. Calor, mosquitos voavam e algumas luzes quase queimadas piscavam no ambiente. Até pessoas com má audição conseguiriam ouvir um som que, aparentemente, chegava do outro lado da rua. Um dos colegas de Matheus se aproxima:
    --Tudo bem Matheus?
    Ele responde:
    --Tudo ótimo!
    --Não me parece...
   O colega percebeu que tinha algo errado, já que o jovem estava cabisbaixo e quieto. Resolve questionar:
   --O que houve. Pode me falar?
    Matheus não tinha motivos compreensíveis para contar. O desânimo se tratava de uma rotina agitada. Mesmo assim deu uma resposta:
   --Sabe Pedro estou muito cansado. Nem terminei o trabalho da Ivone e já chegou mais 2 pelo e-mail. Não tomei café direito e ainda levei bronca de uma senhora porque sentei no banco de idoso para fazer o trabalho.

     O colega de Matheus percebeu que os motivos eram bobos, mas aconselhou:
    --Se quiser posso te ajudar no trabalho da Ivone. Eu já concluí metade. Ela vai recolher na próxima semana. Ainda é quarta. Amanhã a gente faz no intervalo. Beleza?
    --Beleza.
    Matheus fica mais tranquilo e percebe que pode contar com o colega. O jovem se anima e resolve ir na livraria da escola.
   --Obrigado pela força. Vou pegar algum livro. Vamos lá?
    Os dois rapazes seguem até o 2 andar em busca de algum material para contribuir com o trabalho da professora Ivone. Esse é um dos projetos mais temidos da escola, já que é comum deixar alunos reprovados. Com certeza ninguém quer fazer de novo o ano. Ao chegarem ficaram vasculhando as prateleiras em busca de livros sobre o Brasil. Encontraram 7 obras. Matheus sugere:
   --Não seria melhor cada um pegar 2 livros? Assim conseguimos ter mais material de apoio para fazer o trabalho. A professora disse que não quer links de sites, apenas referências de livros.
  --Boa ideia.





     Após decidirem quais livros levar, saíram da biblioteca. No caminho Matheus avistou uma garota seguindo em direção ao pátio principal da escola. Percebeu que ela segurava um livro sobre o Brasil. Com certeza era a obra principal recomendada pela senhora Ivone. Não se importou tanto. Voltou para sala. Durante a aula notou que um rapaz respondeu uma pergunta feita pelo professor. Matheus não sabia do que se tratava. Estava totalmente desfocado do ambiente. Em sua cabeça veio a ideia de que o trabalho da professora deveria ser feito o mais rápido possível. Lembrou-se das possíveis obras, mas ao tentar recordar o nome da principal sugerida veio a imagem de uma mulher em sua mente. Se tratava de uma famosa da televisão: sorriso na face, aparentemente de 30 a 50 quilos e possuía um adorno.

      No término da aula Matheus conversou com o colega sobre o projeto. Ficaram discutindo até que surge uma pergunta:
     --Matheus, você copiou os 2 últimos exercícios da aula de hoje?
    Matheus sem entender responde:
    --Quais exercícios? Foi passado exercício?
   O colega percebeu que o jovem não estava bem. Sem dúvidas a sala inteira havia copiado da lousa, menos Matheus. Então perguntou:
   --Onde você estava na hora que a lousa tinha 12 exercícios? Vale a nota do bimestre. Foi explicado como fazer. Acho que é o sono.
   Matheus confuso esclarece:
   --Realmente eu estava com sono. Já fui para escola sem dormir e consegui prestar atenção. Na hora da explicação fiquei pensando no trabalho da Ivone. Lembrei da famosa Walmira Lopes Fagundes que passa toda terça no canal 17.

    Ao ouvir as falas concluiu que o jovem estava desligado do mundo. Afirmou com convicção:
   --Matheus, toda terça eu assisto o canal 17. Sei a programação desse canal sem errar. Eu tenho as figurinhas de todos os ídolos dessa emissora e essa Walmira não apresenta em nenhum dia. Você não está confundindo com a Pamela do canal 19?
   Matheus diz confuso:
   --Não.
  --Como é essa Walmira?
   --Ela é baixa, tem uma pinta perto do pescoço e sempre carrega um livro nas mãos. É uma mulher linda.
  O colega de Matheus concluiu que o jovem estava viajando em outros mundos:
  --Matheus não é por nada, mas na última vez que fui na sua casa você disse que sua tia se chama Wá lopes. Não seria essa apresentadora que você está falando?
  O jovem conectou-se ao mundo:
  --Putz cara! Viajei demais agora. Walmira é minha tia. Ela é totalmente diferente da mulher que vi.
  Logo o colega rebate:
  --Essa mulher dos livros não é a garota que vimos, antes da aula, quando chegamos na escola?
  Sem saber mas Matheus responde confiante:
  --Você tem razão. É aquela garota que passou pela gente hoje.

       A hora passava. O sinal principal da escola tocou. Era o momento de irem para casa. Matheus seguiu em direção ao portão, atravessou a rua e pegou o ônibus. Após um dia de pensamentos desconexos e confusos parou para refletir. Novamente lembrou-se da garota perfeita. Concluiu que o seu colega estava totalmente certo. O nome da mulher era o de sua tia. A imagem que veio em sua mente na sala de aula, da linda garota, se tratava da mesma que observou na sua escola.




         Ao chegar em casa o jovem entrou em seu quarto. Tentou descobrir qual sala estudava quem estava em seus pensamentos. Percebeu que era uma tarefa impossível. Resolveu deitar-se e dormir até o dia seguinte.

      Um novo dia começa. Matheus novamente está com sono, cansado e cheio de tarefas para fazer. Parece que nem dormiu. Apesar de tantos pontos pendentes o jovem está super animado porque sabe que pode ver a garota do livro. A sua intuição estava certa. Ao chegar na escola caminhou pelo corredor e notou que a garota seguia na sua frente. Para sua surpresa ela entrou na sala. O jovem ficou surpreso, pois não sabia que ela era da mesma classe. Quando passou pela porta pôde perceber que a sala estava pela metade. No fundo estava sentada quem tanto admirava. Mal sabia o nome dela.
     O sinal tocou para a chegada do professor. Ele diz:
    --Boa tarde turma, hoje vai ser explicação de matéria. Vou fazer a chamada e assim que terminar já começo a aula.
     Cada nome foi chamado lentamente. Em certo ponto foi chamado Bernadete Cicera da Silva. Matheus percebeu que uma voz veio do fundo. Era a garota que tanto adorava respondendo a chamada. Sem querer virou-se para trás desconjuntadamente, porque não estava acreditando. Quase derrubou a carteira que estava sentado, mas conseguiu ver apenas dois sapatos. Ela estava usando All Star. No fundo não havia mais nenhuma menina a não ser a perfeita Bernadete.

     Matheus percebeu que a Bernadete era "patricinha" e que era totalmente diferente dele. Estava gostando de alguém impossível. Ela era aplicada. Ele pouco estudioso. A garota tinha gostos opostos. Era fissurada por colírios e rostinhos. O jovem ouvia bandas antigas. Ela JB. Talvez o único ponto em comum é que ambos utilizavam nos trabalhos escolares o sistema Janelas eXPperiência. Mesmo com tantas adversidades e impossibilidades não se sabe o que fez Matheus se encantar por Bernadete.

          O que vocês acham que vai acontecer no Caso Bernadete? Faça sua votação na enquete (parte inferior da tela do blog).

Não percam a parte 2 na próxima semana.
Até mais. Cleiton

 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ensino Público Estadual

 Bom dia, caro(a) leitor(a)!

     A primeira coisa que talvez você esteja pensando é sobre o meu sumiço. Realmente estou como o comercial da Dolly: desaparece e depois surge em  momentos que ninguém imagina. Nesta postagem comentarei sobre um tema bem interessante e polêmico: ensino estadual e privado. É fato que existem escolas; dezenas, centenas, milhares delas. Todo mundo vai para ela ou já foi algum dia. Vou levar em conta o ensino público estadual comparado ao privado.


     Na escola estadual é comum o aluno, no começo do ano, receber uma série de livros de diversas disciplinas, assim como apostilas (o famoso caderno do aluno). Na escola privada também é normal os alunos terem livros e apostilas. Até esse ponto as coisas estão iguais. Talvez o ponto crítico esteja no fato de que nas escolas particulares o conteúdo ministrado é exigido em atividades e provas. Comumente as escolas do estado não exigem uma quantidade considerável de exercícios ou caso exijam deixam brechas para possíveis fraudes. É o afamado modelo de aprovação automática. As lacunas do caderno do aluno do 2° ou 3° ano do ensino médio podem ser preenchidas por um  aluno aplicado do ensino fundamental da 5ª série. Isso é sério! Imagine-se deparar com uma apostila de física. No mínimo que deveria ser exigido é o cálculo de alguma coisa ou pelo menos refletir sobre algum aspecto. Em pleno terceiro ano do médio, véspera de Enem, vestibulares e derivados o caderno exibe 2 folhas de texto para depois o aluno ter que responder as datas em que nasceram determinados físicos, qual é o nome inteiro deles. Isso é um absurdo. O mesmo acontece em química e sociologia. Por isso que esse modelo de ensino não faz os alunos pensarem e contribuir fortemente para os testes externos.


    Na minha época de ensino médio, em um passado distante, recebi quase quarenta apostilas do governo. Era 1 para cada disciplina, inclusive educação física (que nunca foi usada). No primeiro ano eu preenchia alegremente os espaços, mas percebi que existiam coisas óbvias e pouco interessantes. Descobri um portal online que tinha todas as apostilas preenchidas. Isso mesmo: se trata de um site que contém todas as apostilas do governo resolvidas. Maravilha! Comecei a nem ler mais os exercícios e copiar as respostas desse portal. No final do ensino médio parecia que nunca tinha ido para escola. Como não existiam provas, as atividades eram todas com consulta e tudo era feito em casa a motivação para copiar uns dos outros era altíssima.

    No ensino privado as coisas são diferentes. Os professores explicam matéria, não simplesmente informam quais folhas devem ser preenchidas. As apostilas exigem raciocínio, senso crítico e conhecer de verdade para responder. Nesse modelo de ensino existem livros, algo que no estadual raramente se usa. Por esses motivos 2 tipos de alunos são gerados: aluno estadual e aluno privado. O primeiro tem preguiça de ler um texto e não sabe o básico de cada disciplina. O privado é motivado a estudar, sabe se preparar para testes e vai além do que o modelo de ensino cursado proporcionou. 

    Claro que nunca podemos generalizar e dizer que toda escola estadual é ruim e gera alunos fracos ou que todo colégio é top. Na maioria dos casos a realidade é padrão devido ao que é estabelecido pelos superiores. Por que será que nas maiores universidades do país só estudam alunos de colégio?  Veja medicina na USP ou Unesp: 99,99% de aprovação são alunos de colégios ou caso tenham cursado em escola pública foi ensino técnico integrado, colégio federal, fez cursinho pré-vestibular e por aí vai.

                                                                                      


                                                                             Até mais.
                                                                               Cleiton.