quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ensino Público Estadual

 Bom dia, caro(a) leitor(a)!

     A primeira coisa que talvez você esteja pensando é sobre o meu sumiço. Realmente estou como o comercial da Dolly: desaparece e depois surge em  momentos que ninguém imagina. Nesta postagem comentarei sobre um tema bem interessante e polêmico: ensino estadual e privado. É fato que existem escolas; dezenas, centenas, milhares delas. Todo mundo vai para ela ou já foi algum dia. Vou levar em conta o ensino público estadual comparado ao privado.


     Na escola estadual é comum o aluno, no começo do ano, receber uma série de livros de diversas disciplinas, assim como apostilas (o famoso caderno do aluno). Na escola privada também é normal os alunos terem livros e apostilas. Até esse ponto as coisas estão iguais. Talvez o ponto crítico esteja no fato de que nas escolas particulares o conteúdo ministrado é exigido em atividades e provas. Comumente as escolas do estado não exigem uma quantidade considerável de exercícios ou caso exijam deixam brechas para possíveis fraudes. É o afamado modelo de aprovação automática. As lacunas do caderno do aluno do 2° ou 3° ano do ensino médio podem ser preenchidas por um  aluno aplicado do ensino fundamental da 5ª série. Isso é sério! Imagine-se deparar com uma apostila de física. No mínimo que deveria ser exigido é o cálculo de alguma coisa ou pelo menos refletir sobre algum aspecto. Em pleno terceiro ano do médio, véspera de Enem, vestibulares e derivados o caderno exibe 2 folhas de texto para depois o aluno ter que responder as datas em que nasceram determinados físicos, qual é o nome inteiro deles. Isso é um absurdo. O mesmo acontece em química e sociologia. Por isso que esse modelo de ensino não faz os alunos pensarem e contribuir fortemente para os testes externos.


    Na minha época de ensino médio, em um passado distante, recebi quase quarenta apostilas do governo. Era 1 para cada disciplina, inclusive educação física (que nunca foi usada). No primeiro ano eu preenchia alegremente os espaços, mas percebi que existiam coisas óbvias e pouco interessantes. Descobri um portal online que tinha todas as apostilas preenchidas. Isso mesmo: se trata de um site que contém todas as apostilas do governo resolvidas. Maravilha! Comecei a nem ler mais os exercícios e copiar as respostas desse portal. No final do ensino médio parecia que nunca tinha ido para escola. Como não existiam provas, as atividades eram todas com consulta e tudo era feito em casa a motivação para copiar uns dos outros era altíssima.

    No ensino privado as coisas são diferentes. Os professores explicam matéria, não simplesmente informam quais folhas devem ser preenchidas. As apostilas exigem raciocínio, senso crítico e conhecer de verdade para responder. Nesse modelo de ensino existem livros, algo que no estadual raramente se usa. Por esses motivos 2 tipos de alunos são gerados: aluno estadual e aluno privado. O primeiro tem preguiça de ler um texto e não sabe o básico de cada disciplina. O privado é motivado a estudar, sabe se preparar para testes e vai além do que o modelo de ensino cursado proporcionou. 

    Claro que nunca podemos generalizar e dizer que toda escola estadual é ruim e gera alunos fracos ou que todo colégio é top. Na maioria dos casos a realidade é padrão devido ao que é estabelecido pelos superiores. Por que será que nas maiores universidades do país só estudam alunos de colégio?  Veja medicina na USP ou Unesp: 99,99% de aprovação são alunos de colégios ou caso tenham cursado em escola pública foi ensino técnico integrado, colégio federal, fez cursinho pré-vestibular e por aí vai.

                                                                                      


                                                                             Até mais.
                                                                               Cleiton.



      
    

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